O lá, galera do 7º ano!
Vamos voltar um pouquinho no tempo... Em 2011, discutimos as ações da natureza nas paisagens do semiárido nordestino. Região de clima seco, com baixos índices pluviométricos (ver p.69 do seu livro-texto). Nesse contexto, vimos que grupos sociais também interferem nesse espaço.
Um dos problemas da ação humana foi usar as secas para atrair financiamentos públicos e para enriquecer e fortalecer ainda mais a classe social formada por grandes proprietários de terras (os latifundiários) e alguns líderes políticos da região Nordeste, o que ficou conhecido como "indústria da seca".
Essa forma de atrair verbas do governo federal virou um negócio, uma oportunidade. Grandes interesses encontram nas secas a oportunidade de sensibilizar e enganar a opinião pública. Outra característica da "industria da seca" é usar esses recursos financeiros (oriundos dos impostos que nós pagamos)para organizar frentes de trabalho e fazer obras de construção de açudes que beneficiam principalmente aos grandes latifundiários da região.
A criação de frentes de trabalho e distribuição de cestas básicas, roupas e água em caminhões-pipa além de servirem de pretexto para favorecimento pessoal, são também usadas para compra de votos em épocas de eleição (prática conhecida pela expressão voto de cabresto).
Com isso, os períodos de seca representavam oportunidades de maior enriquecimento, influência e domínio sobre a população local.
Fica então o questionamento:
O problema do Nordeste é a seca ou a cerca?
Abraços carinhosos...
Fonte: MONTENEGRO; PRIMO. Geografia: Ensino Fundamental. 6º ano. Brasília: Cisbrasil - CIB, 2009.